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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Homens receberam atendimento no Dia H na Liberdade
SÃO LUÍS - Homens de diversas faixas etárias deixaram o preconceito de lado e participaram, no sábado (10), do Dia H - Dia da Saúde do Homem, atividade, realizada no Bairro da Liberdade, que ofereceu atendimento preventivo à saúde do homem, em especial aos homens negros, com atenção às doenças crônicas como diabetes, hipertensão, obesidade e, ainda, câncer de pênis e próstata.
Estavam presentes na atividade a secretária de Estado de Igualdade Racial, Claudett Ribeiro; representantes da Fundação Josué Montello, Ocirema Gomes de Oliveira e Joana Pinheiro; representante do Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão (Ferma), Miguel Santos; a chefe do Departamento de Atenção à Saúde do Adulto e Idoso (SES), Teresa Carvalho; a professora Nair Portela e estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão (UFMA); a diretora da Escola Municipal Ministro Mário Andreazza, Ana Ruth Barbosa; o presidente do Conselho de Segurança Comunitária da Liberdade, Márcio Crispin; representantes do Coletivo de Entidades Negras (CEN); lideranças comunitárias da Liberdade; e, as médicas Helena Santos e Fauzia, somando mais de 40 voluntários.
Na abertura do Dia H, a secretária de estado de Igualdade Racial, Claudett Ribeiro, deu início às atividades, dando as boas vindas aos homens que já aguardavam o atendimento e agradecendo aos parceiros que aderiram na construção da ação. "A idéia do Dia H está focada no direito à saúde e na busca daqueles homens que precisam aprender a ter cuidados consigo. O empenho de todos os parceiros, inclusive das lideranças do Bairro da Liberdade, nos ensina que a força está na comunidade", disse Claudett Ribeiro.
Também na abertura, a professora do curso de Enfermagem, Nair Portela, destacou o quadro preocupante da saúde do homem e ressaltou a importância de iniciativas como essa. "Nos últimos anos a saúde do homem tem sido mais observada pelos dados alarmantes inclusive no nosso estado. É importante fazermos ações voltadas para esse público para mudar esse sentimento de resistência e preconceito que prevalece", disse a professora Nair Portela.
Em apenas uma manhã, profissionais e estudantes da área da saúde atenderam mais de 120 homens da Liberdade, na Escola Municipal Ministro Mário Andreazza. Antes mesmo do início da atividade os homens já formavam fila no pátio da escola. Ao chegar eles preenchiam uma ficha com informações pessoais e, em seguida, eram encaminhados ao atendimento para aferir a pressão arterial, verificar o índice de glicemia, altura e peso. Durante todo o procedimento eram orientados sobre os cuidados necessários para garantir saúde e qualidade de vida.
Para Miguel Santos, representante do Fórum de Religiões de Matrizes Africanas (Ferma), uma das entidades idealizadoras do evento, a participação masculina superou as expectativas. "Nós ficamos muito felizes de contar com o apoio e participação da comunidade da Liberdade. Nós conseguimos reunir aqui diversas lideranças e até pessoas de outros bairros. Isso é um estímulo para darmos continuidade a esse trabalho de valorização da população masculina, em especial dos negros da nossa cidade", disse Miguel Santos.
Um dos primeiros a chegar, o senhor Luizan Silva Costa, 46 anos, acredita que iniciativas como essa podem estimular uma mudança na forma de pensar dos homens. "Nós sabemos o quanto a saúde do homem vem sendo negligenciada, porque o homem é muito preconceituoso e não busca atendimento. Essa ação do Dia H é uma forma de estimular os homens a se cuidarem mais e evitar que muitos morram por falta de informação e cuidado básico", afirmou Luizan Silva.
Além do atendimento ambulatorial, os homens participaram de oficinas sobre diabetes e câncer de pênis e próstata ministradas por estudantes do 5º período do curso de enfermagem da UFMA, sob a coordenação da professora e enfermeira, Nair Portela. "Para nós que somos estudantes, essas atividades são essenciais para aprendermos a cuidar do paciente por meio do contato direto", disse a estudante de Enfermagem, Kaliny Mendes.
A atividade contou, também, com a apresentação das crianças do Bloco Afro Netos de Nanã, que mostraram a riqueza da cultura afro-brasileira por meio da dança e da música.
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