sexta-feira, 24 de julho de 2015

MARANHÃO COMPÕE GT NACIONAL DE PARTICIPAÇÃO SOCIOCULTURAL DE POVOS TRADICIONAIS , POVOS ORIGINÁRIOS E POVOS PERIFÉRICOS



Realizada nos dias 17 e 18 de junho de 2015 em dois Terreiros Matrizes do Tambor de mina do Maranhão - Casa das Minas e Casa de Nagô - sendomais uma etapa da Oficina Nacional de Participação sociocultural de povos tradicionais, povos originários e povos periféricos em São Luis.




A oficina é resultado da articulação do Colegiado Nacional de Matriz Africana da Comissão nacional de Pontos de Cultura - CNPDC. A oficna foi ministrada por Pai Aderbal Ashogun membro da CNPDC e do GT Nacional de Participação Sociocultural de Povos Tradicionais, Originários e Periféricos. Entende-se por:
Povos Tradicionais todas as comunidades que tem sua organização social. econômica e política fundamentadas na tradição, ancestralidade e territorialidade, que neste caso, são representados pelos Povos e comunidades Tradicionais de Matriz Africana - Povos Tradicionais de Terreiros;
Povos Originários refere-se aos Povos Indígenas;
e Povos Periféricos - comunidades que ocupam os territórios periféricos das grandes centros urbanos que apesar da vulnerabilidade e invisibilidade por parte do poder público tem um expressivo acervo de formas de expressão idiossincráticas: hip hop, estreet, grafite e outras formas de intervenção.
Segundo Pai Aferbal o objetivo da oficina foi construir um grupo de trabalho com estas comunidades para fortalecimento e participação qualificada nos espaços de decisão em busca da garantia de direitos hiistoricamente negados

Oficina de regularização civil e fundiária de comunidades tradicionais de matriz africana Itaqui Bacanga.




FERMA/CEN e Fundação Josué Montello -Oficina de regularização civil e fundiária de comunidades tradicionais de matriz africana Itaqui Bacanga. Promotor Dr Carlos Eduardo DPU, Promotora Dra Gleisiane DPE. Promotor Dr Tarciso Bonfim PROMOTORIA DE ONG'S.

No último dia 09 de julho as comunidades tradicionais de matriz africana - comunidades de terreiro - da área Itaqui / Bacanga em São Luis do Maranhão, participaram de oficina sobre regularização de suas espaços sagrados, os terreiros,em vista de combate a intolerância religiosa e garantia de direitos.
Entre os temas desenvolvidos pelos representantes do judiciário discutiu-se sobre a regulamentação fundiária e os benefícios do formalização destes espaços enquanto personalidades jurídicas.
Muitas questões foram levantadas pelos sacerdotes e sacerdotisas presentes, como o fato de recorrentes agressões durante os cultos principalmente vindos de cristãos protestantes.
A tradição afrobrasileira é marcada pela sonoridade, pelo canto e toque dos tambores sagrados, imprescindíveis para o rito. Tão expressividade é considerada por esses "novos" vizinhos como perturbação da paz. Como consequência, o braço armado do Estado, a polícia entra em cena de forma truculenta, agressiva e violenta para acabar com o barulho, ferindo os marcos legais que garantes a liberdade religiosa neste país. Disse o professor Neto de Azile, pesquisador da cultura afro-brasileira, facilitador da oficina.
A oficina é uma foi uma iniciativa da Fundação Josué Montelo, com o projeto de Valorização dos Terreiros em execução desde 2015.