sábado, 31 de dezembro de 2011

À sua maneira, as religiões celebram a chegada de 2012 com missas, cultos ou homenagens a entidades


Ano novo, vida nova. A conhecida frase representa uma aspiração a que a situação de cada um melhore no período de doze meses que se inicia. Em São Luís, os diferentes grupos religiosos, de acordo com as convicções particulares em relação à passagem de ano, organizam programações para que os adeptos reflitam a transição e celebrem os novos tempos.
Nos grupos cristãos, cada igreja costuma ter uma programação em sua comunidade. Representantes católicos e evangélicos informaram que não é previsto um evento geral que concentre os diferentes segmentos de cada uma das religiões.

O coordenador da Catedral da Sé, Manoel Viana, disse que a última missa do ano vai ocorrer na tarde de sábado, depois da adoração do Santíssimo. Segundo ele, essa é uma celebração tradicional, que chega a ser tão popular quanto a Missa do Galo, na noite de Natal. Manoel explica que a não ocorrem celebrações mais tarde, próximas da meia-noite, até por uma questão de segurança dos fieis, que estariam expostos a assaltos na região central da cidade. Às 10h do dia 1º, ocorrerá a primeira celebração católica naquele templo.

Reunindo cerca de 1.200 membros, a Primeira Igreja Batista de São Luís programa um culto especial nas últimas horas de 2011, antes da confraternização dos participantes, depois da virada. De acordo com o pastor da congregação, Eliezer Lourenço, a comunidade avaliou o ano que se encerra durante os encontros de dezembro, e o último culto pretende ser o momento em que as pastorais da igreja vão apresentar os desafios para 2012. As pastorais envolvem as atividades de evangelização, juventude, ensino e pregação. Um dos desafios que o pastor destacou foi relacionado ao coral da igreja, atualmente composto por 102 vozes, e que pretende ser ampliado para pelo menos 200 integrantes.

Nas comunidades religiosas de origem africana, os diferentes segmentos cultuam divindades específicas, a quem são voltadas as homenagens de fim de ano. De acordo com o coordenador de política institucional do Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana (Ferma), Neto de Azile, os terreiros ligados ao Tambor de Mina, prestam homenagem ao Vodun Lissá, no dia 30 de dezembro, e ao orixá Oxum, em 1º de janeiro. No último dia do ano, os grupos de umbanda reverenciam Yemanjá, e a tradição do candomblé homenageia Oxalá.


Segundo a presidente da Federação Espírita do Maranhão, Ana Luiza Nazareno Ferreira, a virada do ano não tem um significado especial para os grupos espíritas. "É um dia como outro", disse ela, justificando porque a data não costuma ter uma programação de palestras ou distribuição de cestas às famílias carentes, como ocorre nas festividades natalinas. Ana Luiza destacou que, no último Natal, um centro espírita do bairro Alemanha chegou a distribuir mais de 300 cestas a famílias da região. Como único evento fora das atividades de rotina, no dia 1º, está programado um almoço voltado aos idosos e trabalhadores da casa onde funcionam três centros, no Centro.
Fonte: Jornal O Imparcial - caderno urbano - 30/12/2011.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Povo de Terreiro no Encontro de Gestores Municipais no Maranhão



A Secretaria Extraordinária de Igualdade Racial do Estado do Maranhão realizou no dia 15 de dezembro de 2011, no Auditório do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, o Encontro com Gestores Municipais da Igualdade Racial, com o tema Combate ao Racismo o objetivo de fortalecer a Política de Promoção da Igualdade Racial no Estado do Maranhão.
A Secretaria Extraordinária de Igualdade Racial do Estado do Maranhão, conservando o modelo de gestão compartilhada convidou os movimentos sociais afro religiosos para Roda de Saberes Racismo: Um olhar a partir das comunidades tradicionais de terreiro. O Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão – FERMA foi representado pelo seu coordenador geral professor Neto de Azile e a Rede Nacional de Religiões afro-brasileiras e Saúde representada pelo seu coordenador no Maranhão Pai Lindomar Saraiva de Xangô.
Na ocasião os gestores municipais de igualdade racial do Maranhão tiveram a oportunidade de conhecer a dinâmica dos terreiros maranhenses, sua função social e papel de pólo irradiador de políticas públicas para as comunidades de entorno. Segundo pai Lindomar racismo e intolerância fazem mal a saúde e é nos terreiros o primeiro atendimento da parcela menos abastada da população, isto é “O Terreiro é o primeiro SUS do povo pobre” comentou. O professor Neto de Azile abordou estratégias para gestão das políticas públicas para promoção da igualdade racial na visão do povo de santo a partir de suas demandas: “É fundamental que o gestor freqüente os terreiros para primeiro conhecer a realidade destes, além disso antes de qualquer ação é necessário saber quantos são e como vivem estes povos, aí é imperativo o inventariamento e mapeamento como subsídios de planejamento.
Para a Secretária de Estado da SEIR, professora Claudete Ribeiro, a parceria com os segmentos alvos da política de promoção da igualdade racial, denota uma gestão mais focada, mais eficiente com resultados significativos. “Nosso objetivo foi permitir ao gestor ter a idéia do que os povos tradicionais de terreiro esperam deles”, afirmou.

LANÇADO O MAPA DA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA 2011 NO MARANHÃO


Com o objetivo de discutir a intolerância religiosa na contemporaneidade, a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Cidadania (Sedihc) realizou, esta semana, a segunda edição da Galeria de Direitos Humanos. Este ano, com o tema: "Intolerância religiosa: Eu respeito a sua religião e você?", o evento ocorreu no Auditório do Centro de Cultura Popular Domingos Viera Filho (Praia Grande, em São Luís).
Durante os ciclos de discussões, representantes de vários segmentos religiosos, intelectuais, gestores públicos, militantes e ativistas debataram e refletiram práticas que efetivem as políticas públicas de respeito ao livre exercício damanifestação religiosa.


Segundo a Secretária de Estado de Direitos Humanos e Cidadania, Luiza de Fátima Oliveira, debater temáticas de intolerância no sécu lo XXI ainda representa um desafio. "Falar de temas da intolerância religiosa, escravidão ou ainda de assuntos que violam os direitos humanos é um tabu a ser superado. Precisamos viver com liberdade e autonomia e criar uma sociedade que garanta todos os Direitos Humanos", enfatizou.
Ainda durante o evento, diversas lideranças religiosas expuseram situações nas quais foram vítimas de intolerância religiosa.



União de Esforços

Para fortalecer as ações voltadas para a promoção dos Direitos Humanos foi assinado o Termo de Cooperação Técnica entre a Sedihc e a Secretaria de Estado Extraordinária da Igualdade Racial (Seir). Segundo a Professora Claudete Ribeiro, Secretária de Estado da Seir, o intuito do acordo é articular, construir e executar um plano integrado de ações. "Estamos unindo esforços para que juntos possamos consolidar uma prática que já vem sendo desenvolvida no Maranhão, o objetivo é tornar essas ações de promoção dos direitos humanos uma Política de Estado", comentou.
A senhora Ana Amáelia Mafra, Diretora do Escritório da Fundação Cultural Palmares São Luis/ Piauí reafirmou compromissos de envidar esforços para o empoderamento das Comunidades Tradicionais de Terreiro no combate a Intolerância Religiosa.

Lançamento
Um estudo voltado para mostrar o quadro da intolerância religiosa no Brasil no ano de 2011 foi lançado durante a Galeria. Intitulado "O Mapa da Intolerância Religiosa -2011. Violação ao Direito de Culto no Brasil" de autoria do Jornalista Márcio Alexandre Gualberto, o estudo mostra entre diversos pontos, a afrotheofobia, que segundo o organizador do estudo, é disseminada por denominações religiosas intolerantes. Essas práticas, segundo o organizador do estudo são traduzidas em violências das mais variadas naturezas.
O lançamento do Mapa foi uma iniciariva do Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão - FERMA em perceria com a SEDIHC e SEIR. "o mapa da Intolerância Religiosa é mais do que um apanhado de denúncias, expõe fundamentos motivadores das posturas intolerntes de cunho religioso e principalmente, indica dispositivos legais do ordenamento político brasileiro para reagir ao problema", disse o professor Neto de Azile coordenador geral do FERMA e coordenador estadual de religiosidade do CEN no Maranhão, após apresentar uma síntese do trabalho.

domingo, 4 de dezembro de 2011

LANÇAMENTO DO MAPA DA INTOLERANCIA RELIGIOSA NO BRASIL




GALERIA DE DIREITOS: Eu respeito sua Religião, e você?

Realização: SEDIHC, FERMA
A intolerância religiosa não vem crescendo ao longo dos anos, o que, de fato vem aumentando é o nível de conscientização daqueles que são atingidos por ela para ir à busca de seus direitos e denunciar a intolerância que sofrem. Tem sido assim no país inteiro e, à medida que novas ferramentas de proteção e coerção à intolerância religiosa são colocadas à disposição daqueles que são discriminados, maiores se tornam os casos de denúncias.
Por outro lado, percebemos que há avanços significativos. Tanto no âmbito da sociedade civil, quanto no âmbito do Estado brasileiro. São ainda tímidos, é verdade, mas são importantes uma vez que se tornem paradigmáticos. No âmbito da sociedade civil, percebe-se um replicar de iniciativas exitosas que vão de nordeste a sudeste, cruzando também pelo sul e pelo norte. Essas iniciativas, muitas das vezes encabeçadas por uma ou outra organização, imediatamente passam a ser de caráter coletivo,É importante que seja resgatado, se é que um dia houve, o respeito que cada ser humano tem pela liberdade de escolha do outro; um espaço que tem a missão de divulgar as afrontas e atrocidades vividos por religiosos de diversas culturas e credos, assegurando o livre arbítrio que a nós foi concedido pelas leis da natureza.
É imprescindível não ficar calados e sim ir à luta contra a intolerância religiosa e exigir respeito e, juntos, cada um deve levantar a bandeira de sua crença, de sua fé independente de preconceitos, credo e pigmentação de pele. Lutar pelos seus cultos, suas histórias, preservando a memória de seus antepassados acumulada no universo de suas religiões.
Nesta perspectiva a Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Cidadania do Maranhão - SEDIHC em parceria com o Fórum de Religiões de Matriz Africana do Maranhão – FERMA realizarão a Galeria de Direitos 2011: Eu respeito sua religião e você? O objetivo é proporcionar um espaço de reflexão e discussão entre vários segmentos religiosos para assegurar garantia do livre exercício da religiosidade e dos direitos humanos.

Dia: 15 de dezembro 2011
Local: Auditório do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho. Rua do Giz – Centro Histórico,São Luis – Maranhão.
HORÁRIO: 16h